Praça e Cais da Ribeira (Porto)

Praça e Cais da Ribeira (Porto)
Porto . Porto . Portugal
 
A parte sul ficava encostada à muralha. O acesso à parte superior era feito por uma escada, o que a transformava numa espécie de varanda passeio, que dominaria o interior da praça e o rio.

O plano da muralha que vedava a praça velha foi demolido em 1821, acontecendo o mesmo à capelinha de Nª Sª do ´´Ó´´ (a imagem da padroeira foi transferida para a Igreja dos Orfãos e depois para a capela do Largo do Terreiro).

Nos projectos de João de Almada e Melo estava incluída a construção de uma grandiosa fonte que ficaria como pano de fundo da praça.

Os restos desta fonte são dos parcos elementos que se mantiveram da reestruturação da praça, isto porque, a arcada sul, a Porta da Ribeira e a Capelinha de Nª Sª do ´´Ó´´ desapareceram com a demolição da muralha. A arcada e casa do lado poente, foram também desvirtuadas em relação ao projecto original.

A parte oriental articula-se com a frente urbana do Barredo, paralela ao rio. Esta assenta no chamado muro da Ribeira, no qual foi aberta uma série de arcadas de volta inteira, outrora separada por pequenos óculos. Os arcos tinham funções comerciais e a passagem superior funcionava como passeio ou viaduto, mediante o qual se acede às casas de habitação, situadas em cima do muro. Todos estes elementos são solidários entre si e inspiravam-se nas desaparecidas galerias Adelphi, de Londres, constituindo um elemento arquitectónico e urbanístico de raro valor.

Algumas arcadas foram convertidas em lojas e outras servem de ligação com as ruas e vielas do Bairro do Barredo. Este conjunto não pode deixar de ser relacionado com as instalações portuárias da primeira metade do século XIX. Quase no extremo do muro, entre dois dos arcos, encontra-se o memorial consagrado ao desastre da Ponte das Barcas, elegante baixo relevo da autoria de Teixeira Lopes (pai).

A transformação da praça implicou a remodelação do Cais da Ribeira, que se mostrava insuficiente para o movimento e procura que tinha.

Assim, no ano de 1784, João de Almada e Melo e os demais membros da Junta das Obras Públicas elaboraram um documento em que se pretendia o alargamento do cais. Ficou então determinado que se construiria um novo cais de desembarque desde o penedo dos Guindais até ao ancoradouro tradicional.

O cais dos Guindais situava-se do lado esquerdo da Ponte Luís I, para quem nela entra a partir do Porto, e foi destruído pela construção do pegão da ponte e do muro da estrada marginal. A última lingueta do cais continua no local, meio submersa, mesmo por baixo da ponte.

Acesso: Funicular dos Guindais.

A praça foi transformada no século XVIII por iniciativa de João de Almada e Melo. A abertura da Rua de S. João, por iniciativa do mesmo, veio melhorar a ligação da praça à parte alta da cidade.

Vários colaboradores de mérito participaram no novo arranjo da praça, que fecharia interiormente os lados poente-sul-nascente da praça.
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Coordenadas GPS
Lat : 41.14062648058751   -   Lon : -8.611056971163944
N41° 8' 26.255330115036 "       W8° 36' 39.805096190198"
 
 
 
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